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Aula 1 - Introdução


Marchetaria

Mais Arte que Artesanato

By Alan Mansfield
Redbridge Marquetry Group, U.K.
   

Antes de editar estas aulas, cabe observar que o texto foi extraído na internet e traduzido com tradutor on-line. A autoria deste curso é do Sr. Alan Mansfield, acima referenciado, artesão filiado a Redbridge Marquetry Group. A ele nossos agradecimentos!

 Introdução

Marchetaria é a arte em usar as cores e texturas de lâminas de madeira para criar pinturas, as quais são sobrepostas sobre uma base sólida.

Voce já deve ter visto uma série de exemplos de marchetaria, sendo que os mais tradicionais são os motivos florais ou geométricos aplicados em móveis antigos. Nas últimas décadas, entretanto, tem havido uma mudança de direção na aplicação desta arte.

Marchetaria, ou seja, o corte e colagem de fôlhas de madeira aplicadas em uma superfície têm sido tradicionalmente usadas para aplicar uma figura ou desenho como adorno em móveis. Por muito tempo, ela foi vista tão somente como decoração. Certamente, ainda é uma de suas funções hoje em dia. Mas nas últimas décadas, ela tem se tornado uma distinta forma de arte. A marchetaria, pela variedade dos materiais naturais usados, leva vantagem sobre a maioria das outras formas de arte, principalmente pela textura. As fôlhas de madeira utilizadas, possuem grãos e fibras que promovem  diferentes efeitos de brilho que mudam com a orientação das fibras.


Os efeitos dos grãos e luzes não são as únicas vantagens dos materiais usados em marchetaria. Existem também algumas falhas naturais nas folhas, que os marcheteiros apreciam muito para o desenvolvimento do seu trabalho. Essas falhas, fornecidas pela mãe Natureza, propiciam elementos de desenhos prontos, que seriam impossíveis de obter de outra forma.

Os marcheteiros costumam dizer “Deixe que a madeira faça seu trabalho” sempre que possível. Para ilustrar este ponto, gostaria de dirigir sua atenção para a vestimentas das dançarinas no detalhe da ilustração ao lado (do Valse des flaco). A fôlha utilizada é “willow” que promove esse efeito natual de luz e forma que a pintura dificilmente conseguiria reproduzir.




Infelizmente, a marchetaria é uma disciplina da arte que se encontra ainda muito na sua infância quando comparada com as outras artes tradicionais. Na maioria das vezes, permanece tentando reproduzir uma arte existente. A Marchetaria ainda tenta ganhar a confiança para transformar-se em uma nova e única arte por si própria. Até que chegue esse dia, trabalhos originais não deixam de ser produzidos. Aliás, são poucos em número e ainda permanecem reunidos com o rótulo de “copistas” os artistas relacionados com marchetaria. Acredito que a ruptura irá ocorrer quando as escolas de arte comecem a reconhecer e ensinar marchetaria como uma nova arte. Então começaremos a ver obras de marchetaria junto de telas de pintura à óleo ou aquarela nas galerias de arte. Espero que esse dia não esteja longe!

Embora tenha se tornado popular recentemente, haja vista o número de kits disponíveis para marchetaria, poucas pessoas sabem que essa arte remonta a milênios. Há 3500 anos A.C., os Egípcios usavam incrustrações de madeira para decorar harpas; hieróglifos encontrados no Vale dos Reis  mostram um artesão egípcio cortando lâminas de madeira de um tronco. Eles já conseguiam cortar as lâminas com 6mm de espessura e usavam pedra de moenda para amaciar as lâminas de madeira. Eles também foram os primeiros a colar as fôlhas em uma base de madeira formando figuras decorativas.
A arte da marchetaria quase desapareceu durante os anos negros, mas renasceu no século XIV quando paineis marchetados eram feitos para decorar catedrais no norte da Itália. Esses painéis em forma de pinturas eram dedicados a cenas bíblicas, figuras de santos, construções e pátios. As lâminas usadas naqueles painéis tinham de 3 as 4 mm de espessura, bem mais espessos que as lâminas atuais (0.6 a 0.7mm!).

Nesta série de aulas, esperamos guiá-los através das técnicas básicas (e algumas avançadas) de marchetaria, onde nós trabalhadores da madeira, nos tornamos artistas pelos nossos próprios meios.

Continuação: Aula 2 - Selecionando Fôlhas


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